A derrota por 2 a 0 para o Ceará, no domingo (2), no Castelão, evidenciou mais uma vez a fragilidade do setor ofensivo do Fluminense no segundo turno do Brasileirão. A equipe tricolor chegou a um mês sem gols marcados por seus atacantes, sejam eles de referência ou que atuam pelos lados do campo.
A última vez que um atacante balançou as redes foi no dia 4 de outubro, na vitória por 3 a 0 sobre o Atlético-MG, no Maracanã. Na ocasião, Serna e Keno marcaram, ao lado de Samuel Xavier.
Desde então, os gols vieram de setores menos esperados: o volante Martinelli e os defensores Thiago Silva, Renê e o próprio Samuel.
Nas seis rodadas seguintes, o técnico Luis Zubeldía escalou com mais frequência Serna e Canobbio (cinco jogos cada um) e John Kennedy (três) no setor ofensivo.
Entre os reservas, Keno atuou quatro vezes saindo do banco, além de uma partida como titular. Cano participou de três partidas e iniciou outras duas entre os titulares. Soteldo também foi utilizado em três confrontos.
Mesmo com tantas opções testadas, o ataque segue inoperante. Nenhum gol veio dos homens de frente nesse período. A dificuldade, no entanto, não se resume à finalização. A criação ofensiva também enfrenta queda de rendimento, ficando muito dependente do desempenho de Lucho Acosta.
Após a derrota para o Ceará, Zubeldía reconheceu os problemas e cobrou reação: “Temos que, de uma ou outra maneira, corrigir essa situação. Não tem desculpa de se joga um ou outro. Tenho alternativas, o elenco está bem montado […]”, afirmou em coletiva.
Incógnitas no comando de ataque
O centro do ataque concentra o maior ponto de indefinição. O elenco conta com Germán Cano, John Kennedy e Everaldo para a função, mas nenhum dos três vive momento positivo.
Cano, de 37 anos, tem enfrentado problemas físicos. Ficou fora da viagem a Fortaleza por conta de um entorse no joelho direito. Foi o titular preferido de Zubeldía no início da sua passagem, mas perdeu espaço. O argentino atravessa uma temporada irregular e distante de seus melhores números no clube.
Kennedy, autor do gol histórico na final da Libertadores de 2023, assumiu a vaga recentemente, mas ainda não retomou o faro de artilheiro. Marcou apenas uma vez desde o início de outubro, no empate contra o Sport, pela Sul-Americana.
Everaldo, outro nome disponível, tem sido pouco acionado. No Brasileirão, sob o comando de Zubeldía, atuou por apenas 52 minutos. Apesar da importância no Mundial de Clubes, o camisa 9 perdeu espaço no elenco principal.
Caminho até o fim do campeonato
Com o setor ofensivo em baixa, o Fluminense busca soluções para encerrar a má fase e reagir na reta final do Brasileirão. Com poucos jogos restantes, a equipe precisa recuperar não apenas o desempenho, mas também a confiança dos atacantes.
