Em meio à crise técnica e emocional que assola o Internacional, o técnico Roger Machado adotou um discurso firme e sereno para comentar a atual situação do clube. Após mais uma derrota, desta vez para o São Paulo, e sob pressão constante da torcida, o treinador concedeu entrevista coletiva e tratou de deixar claro que segue motivado, mesmo ciente de que os resultados recentes colocam em risco sua permanência no cargo.
Roger iniciou sua fala após uma longa reunião no vestiário com jogadores e comissão técnica.
“Me sinto extremamente prestigiado, trabalhando muito, buscando soluções… Vou estar sempre motivado e buscar soluções para que o torcedor volte a ovacionar a gente, como em outros momentos”, disse o comandante.
Além disso, enfatizou que a responsabilidade não pode recair apenas sobre ele: “Foi um pouco do que foi conversado. Para que a gente não pese só na figura do treinador as questões todas do campo”.
Pressão das arquibancadas e queda na confiança
O técnico foi vaiado pela torcida antes do jogo, e o público no Beira-Rio, apenas 11.414 presentes, reforçou o clima de descontentamento. Com isso, Roger reconheceu que o torcedor está distante porque não se reconhece no time:
“É o mau momento que afasta o torcedor. O torcedor quando se reconheceu no campo, em outros momentos, veio em grande número”.
Sendo assim, o foco do trabalho agora é resgatar essa confiança. Por isso, mudanças táticas vêm sendo testadas. Contra o São Paulo, Roger escalou o time no 3-5-2, algo que pode se repetir no duelo decisivo contra o Fluminense pela Copa do Brasil.
“Pode ser repetido ou não dependendo de como eu posso ajeitar as peças”, afirmou.
Situação no Brasileiro exige reação imediata
Vale destacar que o Inter ocupa a 13ª colocação no Campeonato Brasileiro, com apenas 21 pontos. Dessa maneira, o confronto com o Fluminense, na próxima quarta-feira, torna-se vital não só para seguir vivo na Copa do Brasil, mas também para estancar a crise.
Portanto, a permanência de Roger está diretamente atrelada aos resultados, e ele sabe disso: “A permanência de qualquer treinador depende de vitórias. Me sinto motivado, mas os resultados que determinam”.
