O Internacional foi eliminado da Copa Libertadores na quarta-feira (20 de agosto), após ser derrotado pelo Flamengo por 2 a 0 no Beira-Rio. O resultado consolidou a eliminação dos gaúchos nas oitavas de final, já que o clube havia perdido o jogo de ida por 1 a 0, no Maracanã. A desclassificação, contudo, não foi o único ponto negativo da noite para o Inter, que agora também enfrenta uma investigação interna e o risco de punição por parte da Conmebol.
Antes da bola rolar, uma ação de festa promovida pelo clube acabou gerando um transtorno inesperado. Uma grande quantidade de papel picado foi lançada no gramado, o que comprometeu a visibilidade das marcações e obrigou a equipe de apoio a entrar em campo para realizar a limpeza. O incidente atrasou o início da partida em cerca de 20 minutos (horário de Brasília), comprometendo o planejamento do time para os primeiros minutos do confronto.
A diretoria do Internacional admitiu que a ação foi organizada pelo próprio clube. Entretanto, o presidente Alessandro Barcelos explicou que a execução fugiu do previsto. Em entrevista na zona mista após o jogo, ele assumiu o erro e garantiu que providências serão tomadas.
“Infelizmente atrapalhou o início do jogo e ninguém gosta que isso aconteça. Assim, nós vamos apurar as responsabilidades pra saber o porquê aquilo aconteceu. Nós vamos averiguar, porque hoje temos processos identificáveis”, disse.
A situação preocupa o clube, sobretudo porque o regulamento da Conmebol estabelece punições específicas para atrasos no início das partidas e para objetos lançados ao campo. A multa mínima por atraso de até 15 minutos é de 20 mil dólares (cerca de R$ 110 mil), valor que pode dobrar em casos de reincidência. Além disso, o lançamento de objetos não autorizados também é passível de sanção, com penalidade média de 10 mil dólares (aproximadamente R$ 54 mil).
Internamente, a justificativa apresentada por fontes do clube foi de que o material deveria ser utilizado apenas ao final da partida, em caso de classificação. Contudo, o lançamento antecipado não foi esclarecido de forma oficial. O campo havia sido irrigado momentos antes da entrada dos times, o que fez com que o papel picado grudasse na bola e nas chuteiras dos atletas, dificultando ainda mais a limpeza.
Mesmo com os problemas no gramado, o árbitro Esteban Ostojich autorizou o início da partida após a limpeza emergencial. Apesar disso, o incidente virou motivo de críticas e brincadeiras nas redes sociais, além de aumentar a pressão sobre a diretoria colorada.
Agora, eliminado também da Copa do Brasil, o Internacional concentra suas atenções exclusivamente no Campeonato Brasileiro até o fim da temporada. O episódio da chuva de papel picado segue sendo investigado internamente, enquanto aguarda um possível posicionamento oficial da Conmebol sobre eventuais sanções.
