Com o Santos vivendo uma campanha instável no Campeonato Brasileiro, o presidente Marcelo Teixeira reforçou a confiança no grupo e rechaçou qualquer temor quanto a um novo rebaixamento. Atualmente na 16ª colocação, com os mesmos 31 pontos do Vitória — primeiro time dentro da zona de descenso —, o clube avalia como estratégica a reta final da temporada.
Em entrevista recente, Teixeira voltou a defender a qualidade do elenco santista e justificou a colocação atual como resultado de instabilidades nas comissões técnicas ao longo do ano. O mandatário lembrou que o clube já passou por três treinadores em 2025: Pedro Caixinha, Cléber Xavier e, agora, Juan Pablo Vojvoda. Segundo ele, as trocas foram necessárias diante da falta de ambientação e consistência.
“Se você avaliar o plantel do Santos individualmente, é excelente. Um plantel que não condiz com a classificação que está. Tivemos problemas na formação da comissão técnica”.
A fim de reforçar o alinhamento com os jogadores, Teixeira e o executivo Alexandre Mattos se reuniram com o elenco no CT Rei Pelé, antes da derrota para o Vitória. O encontro teve caráter motivacional e buscou destacar a evolução recente sob o comando de Vojvoda, além de cobrar regularidade e intensidade nos jogos decisivos da reta final.

Com a sequência de duas vitórias, quatro empates e duas derrotas em oito jogos sob o comando do técnico argentino, a diretoria enxerga indícios de recuperação. No entanto, a derrota para o Vitória impediu que o clube se distanciasse da zona de risco. Apesar disso, Teixeira mantém o discurso otimista.
“Estou convicto do que está sendo feito. O Santos vive um momento atípico, diferente do que é a história, mas vamos chegar no objetivo. Só que requer tempo”.
A diretoria santista já iniciou o planejamento para 2026. A meta é evitar os erros cometidos neste ano, especialmente na formação da comissão técnica, e consolidar um grupo mais coeso desde o início da próxima temporada.
“Agora estamos com o Vojvoda. Já apresenta resultados. Temos 12 jogos ainda pela frente e já começamos o planejamento de 2026, agora de forma diferente, pensando na comissão e elenco que temos”.
Embora o desempenho recente ainda gere desconfiança entre os torcedores, o treinador argentino tem agradado à cúpula alvinegra pela postura e metodologia. “Ele faz o simples, mas um simples bem refinado. É muito justo, muito trabalhador. Se não fosse o trabalho dele, não teríamos uma mudança tão radical em pouco tempo”.
A próxima sequência de jogos, que inclui adversários como Botafogo, Fortaleza, Flamengo e Palmeiras, será determinante para as pretensões do Peixe na competição. Afinal, a permanência na elite passa pela estabilidade que a diretoria busca reconstruir dentro e fora de campo.


