Em meio à crescente insatisfação na Vila Belmiro, o Santos vive um momento delicado no Campeonato Brasileiro. Após nova derrota, desta vez para o Internacional por 2 a 1, na quarta-feira (23 de julho), a equipe comandada por Cléber Xavier chegou ao segundo revés consecutivo e permanece dentro da zona de rebaixamento, ocupando a 17ª colocação, com 14 pontos. O cenário elevou ainda mais a pressão sobre o treinador, especialmente por parte da torcida.
A relação de Cléber Xavier com o clube começou nesta temporada. Anteriormente auxiliar de Tite na Seleção Brasileira, ele recebeu a oportunidade de iniciar sua trajetória como técnico principal no time da Baixada. Entretanto, os resultados acumulados até aqui têm gerado questionamentos crescentes, sobretudo após a derrota para o Mirassol por 3 a 0 e a sequência de atuações irregulares.

Conforme o ambiente interno se mostra cada vez mais turbulento, as arquibancadas também expressam descontentamento. Parte significativa dos torcedores usou as redes sociais para criticar a postura da equipe, apontando erros de escalação e substituições. Aliás, muitos pediram a demissão do atual comandante e mencionaram o nome de Juan Pablo Vojvoda como alternativa desejada. Livre no mercado desde sua saída do Fortaleza, o argentino passou a ser citado como possível solução para o atual momento.
Durante entrevista coletiva após a partida, Cléber Xavier reconheceu as falhas da equipe e compartilhou a responsabilidade com os jogadores: “A culpa é de todos, do treinador, primeiro, responsável nas vitórias e nas derrotas, e também do elenco”. Apesar disso, o técnico destacou que o time teve bom volume de jogo e criou chances, inclusive acertando duas bolas na trave, mas esbarrou na falta de efetividade ofensiva.
Em relação às críticas vindas das arquibancadas, Xavier adotou tom compreensivo. Ao comentar sobre as vaias dos mais de 11 mil torcedores presentes na Vila Belmiro, afirmou: “Não posso falar nada sobre o torcedor. Ele está no direito, está na casa dele. Ele apoia e, quando perde, cobra e elege alguns culpados”.
O presidente Marcelo Teixeira também se manifestou ao deixar o estádio. Em fala breve, minimizou os protestos e admitiu que as cobranças fazem parte do futebol. “Tem que cobrar mesmo, todo mundo tem que cobrar e tem o direito de cobrar”.
A próxima partida do Santos será no sábado (26 de julho), contra o Sport, às 18h30 (horário de Brasília), na Ilha do Retiro. Para este confronto, o atacante Guilherme é dúvida após sair lesionado na última rodada. Enquanto isso, o nome de Vojvoda continua repercutindo entre torcedores e nas redes sociais como símbolo de uma possível virada de chave no planejamento santista.