O Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) definiu as penas no caso de injúria racial ocorrido na Taça FPF. O zagueiro Paulo Vitor (PV), do Nacional-PR, recebeu suspensão de dez jogos por cuspir no adversário e agredi-lo com um soco. O volante Diego, então no Batel, foi punido com sete partidas e multa de R$ 2 mil por chamá-lo de “macaco”.
No jogo em Guarapuava, no sábado (04 de outubro), a confusão começou em disputa de escanteio, segundo o árbitro Diego Ruan Pacondes da Silva. O juiz acionou o protocolo antirracismo da FIFA, cruzou os braços em “X” e paralisou o duelo.
Ainda conforme o julgamento, PV levou seis jogos pelo cuspe — anterior ao ato racista — e quatro pelo soco. O placar sobre o soco não foi unânime. José Leandro Scandelari votou para absolver o zagueiro nesse ponto e manteve seis jogos pelo cuspe. Já Bruno Cavalcante, José Mario Pirolo Neto e Carlos Roberto da Silva fixaram quatro partidas pelo soco e seis pelo cuspe.
Já o Batel foi absolvido por unanimidade. A Polícia Civil instaurou inquérito, ouviu os dois atletas e mantém diligências. O ge procurou o TJD-PR, que ainda não se pronunciou.
De acordo com edital da 2ª Comissão Disciplinar, Diego seria julgado no artigo 243-G. PV seria julgado pelos artigos 254-A e 254-B. O Nacional-PR informou que vai recorrer da decisão e divulgou nota assinada pelo advogado Marlon Lima.
“O Nacional Atlético Clube de Campo Mourão/PR, acompanha de perto a situação de injúria racial praticada em desfavor de um de seus atletas. Na data de 21/10/2025 o TJD-PR julgou em Primeira Instância o caso”.
O Batel também se manifestou sobre o resultado do TJD-PR, por meio do presidente Leonardo Mattos Leão.
“Na noite de ontem o Batel foi absolvido por unanimidade sobre a falsas acusações de que teria sido omisso ou até mesmo conivente com aquele lamentável episódio que aconteceu no jogo contra o Nacional-PR”.
