A atuação discreta de Lamine Yamal no El Clásico do último domingo (26), no Santiago Bernabéu, contrastou com as declarações feitas pelo jovem ao longo da semana. Após a vitória do Real Madrid por 2 a 1 sobre o Barcelona, o camisa 10 catalão foi alvo de provocações em campo e duras críticas da imprensa nacional.
O jornal Marca, um dos maiores da Espanha, foi um dos principais a questionar e criticar a postura da joia do Barça. O veículo o classificou como alguém de conduta imatura e o comparou, de forma depreciativa, a Neymar.
Na prévia do clássico, Lamine gerou repercussão ao afirmar que o Real Madrid “rouba”, em tom de crítica à arbitragem em jogos passados. A fala foi mal recebida por atletas adversários, como Carvajal e Vini Jr., que ironizaram o atacante com gestos durante e após a partida.
O Marca, um dos principais jornais esportivos do país, publicou uma crônica assinada pelo jornalista Juan Ignacio García-Ochoa, que condenou a postura do jogador e questionou sua maturidade.
No texto, o autor disse que Yamal escolheu o “caminho de Neymar” ao adotar um comportamento considerado incompatível com a história de grandes ídolos do clube catalão.
“O camisa 10 do Barça queria ser protagonista na coletiva de imprensa pré-jogo, mas não pôde fazê-lo no gramado do Bernabéu. Lamine, que havia provocado o El Clásico com alguns comentários infelizes, foi uma sombra do que era antes, talvez prejudicado por seus problemas pubianos”, e completava:
“O fato é que, apesar de todo o trabalho que fez, deu muito pouco ao seu time e acabou cercado por jogadores do Real Madrid, que não o perdoaram por chamá-los de ladrões.”
Comparação com ídolos e crítica ao exemplo seguido
O texto relembra nomes como Messi, Xavi e Iniesta, exaltando o comportamento desses jogadores dentro e fora de campo, e apontando que Lamine deveria seguir os mesmos modelos.
Em tom crítico, o colunista condenou a escolha do jovem ao se alinhar a figuras com estilo mais provocador.
“As palavras de Lamine, dizendo que ‘o Real Madrid rouba’, são mais sérias do que parecem; são impróprias de um jogador de futebol profissional e de uma estrela do Barça. Messi, Xavi ou Iniesta nunca foram ouvidos proferindo tal ultraje. Nem mesmo nos tempos de Mourinho e Guardiola.”
Em outro trecho, o autor lamenta o rumo tomado pelo atleta, associando sua conduta à de Neymar nos tempos de Santos.
“Lamine, que tem tudo para ser o melhor jogador do mundo, precisa ser mais cuidadoso com suas atuações se não quiser se tornar um jogador impopular. Considerando que ele poderia se espelhar em ídolos do Barça como Messi, Xavi e Iniesta, é uma pena que ele insista em ser Neymar.”
