O Palmeiras segue atento às movimentações no mercado de transferências para 2026 e tem Gerson como um dos nomes de interesse. O meio-campista, revelado pelo Fluminense e com destaque marcante no Flamengo, atualmente defende o Zenit, da Rússia, com contrato válido até o fim da temporada 2029/2030. Sua situação, no entanto, se apresenta como um desafio para o clube paulista.
A principal barreira financeira envolve o salário do jogador, estimado em R$ 3,1 milhões mensais, quantia considerada fora dos padrões da folha salarial palmeirense. O clube também foi informado de que o Zenit não pretende reduzir os € 25 milhões investidos recentemente em sua contratação. Assim, qualquer tratativa dependeria de ajustes significativos, como empréstimo com divisão salarial ou cláusulas de metas condicionadas.
O Verdão avalia positivamente o nome de Gerson e acredita que ele pode se encaixar bem no elenco comandado por Abel Ferreira, principalmente atuando como segundo volante ou meia pela esquerda. No entanto, diante das limitações orçamentárias estabelecidas internamente, a diretoria trabalha com alternativas caso o negócio não avance nos moldes desejados.
Enquanto isso, o cenário no Zenit sofreu alterações relevantes. Após período afastado por lesão muscular, o jogador voltou a ser utilizado pelo técnico Sergey Semak e entrou em campo na vitória sobre o Sochi, no domingo (19 de outubro), pela 12ª rodada do Campeonato Russo. Apesar dos apenas 43 minutos em campo, a participação simbolizou uma mudança de postura do clube russo, que agora dá sinais de que pretende manter o brasileiro no elenco.
Aliás, o ambiente interno do Zenit tem mostrado sinais de estabilização, o que reforça a intenção da diretoria em recuperar o investimento feito na contratação. Ainda que Gerson tivesse anteriormente demonstrado interesse em retornar ao futebol brasileiro, a nova fase vivida no clube europeu pode influenciar negativamente nas negociações com o Palmeiras.
Diante desse quadro, a possibilidade mais viável no momento seria um empréstimo com compartilhamento de salários. Nessa hipótese, o Palmeiras arcaria com uma parte da remuneração, enquanto o Zenit manteria o restante, visando valorizar o jogador. A alternativa de compra definitiva exigiria, por sua vez, que o clube russo flexibilizasse a exigência de reaver integralmente o valor investido.
“Se o Zenit topar empréstimo com rateio de salário e um gatilho de compra realista, o Palmeiras tem negócio. Sem isso, vira operação de alto risco orçamentário”, avaliou um colunista esportivo ao comentar o caso.
Em resumo, o interesse do Palmeiras em Gerson persiste, mas depende de fatores financeiros e estratégicos que ainda não estão alinhados entre as partes. O clube paulista segue monitorando os desdobramentos no futebol russo para definir seus próximos passos no mercado.
