Entre altos e baixos no Campeonato Brasileiro, o Botafogo segue vivo na luta pelo G-6 e mira a Copa Libertadores 2026. Ocupando a 6ª posição, o Glorioso soma 47 pontos em 30 partidas. A campanha tem 13 vitórias, oito empates e nove derrotas.
No compromisso mais recente, no Niltão, a equipe empatou em 2 a 2 com o Santos, ao lado dos torcedores, e perdeu a chance de encostar no G-4. Na reta finaldo Brasileirão, o clube tem tratado cada jogo como decisão.
Ídolo histórico, Jefferson analisou o momento em entrevista ao ‘GE’. Morando nos Estados Unidos e hoje preparador de goleiros do Orlando City, ele defendeu mais continuidade no elenco e na estrutura do Botafogo.
“Hoje estou aqui como torcedor, a gente sabe que é difícil o que o torcedor está passando, mas o futebol é isso, tem a oscilação. Tem ano que a gente vai ganhar tudo, tem ano que não vai ganhar nada, vai ter ano que vai ganhar um título só. Esse ano, sim, foi difícil, acho que até porque mudou muitas peças. No futebol você precisa pelo menos manter um esqueleto, a gente já passou por isso quando eu jogava”.

Ao lembrar 2013 e 2014, o ex-goleiro reforçou a importância de manter a base e uma identidade clara.
“Lembro que fizemos uma campanha belíssima em 2013, e esperávamos que o mesmo time fosse mantido, principalmente para disputar a Libertadores, mas peças foram se desmontando, trocas de treinadores aconteceram, e o nosso 2014 foi muito ruim. Acho que isso é lição para que se possa manter a base. O Botafogo precisa voltar realmente a ter uma identidade no sentido de estrutura e que nas próximas vezes, se vier a vender um jogador ou outro, possa repor rapidamente para que se mantenha um ritmo de competitividade. Infelizmente nesse ano não deu para nós, mas acredito que, com esses erros, vamos voltar mais forte no ano que vem”.
Questionado sobre futuro, Jefferson não descartou voltar ao clube e frisou estar preparado para trabalhar nas categorias de base.
“Sonho, com certeza, mas eu sou um cara muito realista e muito focado no que eu faço. Preciso dar passo a passo. Sei que realmente hoje para se treinar um profissional você tem que ter não somente a experiência dentro de campo, mas fora dele também. Hoje me vejo preparado para treinar qualquer categoria de base do Brasil, não que não estaria preparado para treinar um profissional . Com certeza eu estaria, só que eu preciso realmente pegar essa estrutura e essa bagagem para poder realmente agregar mais ao profissional. Isso que estou procurando, mas sonho, sim, um dia, se Deus quiser, voltar para o Botafogo e quem sabe treinar os nossos goleiros do profissional”.
Com Jefferson na torcida, o Botafogo se prepara para enfrentar o Mirassol. A bola vai rolar no Maião, sábado (01 de novembro), às 18 horas (horário de Brasília), em duelo válido pela 31ª rodada.


