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Dirigente critica resultado do julgamento de Bruno Henrique, do Flamengo

O dirigente comparou a situação de Bruno Henrique com a de atletas punidos na Penalidade Máxima

O presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, criticou com veemência a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que substituiu a suspensão de 12 jogos imposta a Bruno Henrique por uma multa de R$ 100 mil.

O dirigente, conhecido por ter denunciado o esquema de manipulação de resultados investigado na Operação Penalidade Máxima, classificou a decisão como branda e sem efeito punitivo real.

O atacante do Flamengo havia sido punido em primeira instância por violar o artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, relacionado a condutas contrárias à ética desportiva. No entanto, o Pleno do STJD acatou o argumento da defesa, baseado na infração ao artigo 191, referente ao descumprimento de regulamentos.

Bruno Henrique avisou ao irmão que levaria um cartão amarelo contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023, com aval do clube, a fim de cumprir suspensão programada contra o Fortaleza e ficar disponível para enfrentar o Palmeiras.

Bruno Henrique Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Bruno Henrique Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

A decisão gerou revolta no dirigente goiano, que utilizou suas redes sociais na noite de quinta-feira (13) para manifestar sua insatisfação com a pena aplicada ao jogador.

“Um atleta da envergadura que é o Bruno Henrique punido com a multa de R$ 100 mil, insignificante para o salário mensal dele (…) E quando a gente trata do certo ou errado, nós não podemos ter cor de camisa, não podemos ter condição social nem nada. A punição ficou muito branda. Para falar a verdade, não teve punição, senhores”, afirmou.

Bravo comparou a situação de Bruno Henrique com a de atletas punidos na Penalidade Máxima, como Gabriel Domingos, do próprio Vila Nova, que recebeu uma sanção de 720 dias.

“Nessa operação tivemos ali um exemplo, Gabriel Domingos, um atleta do do Vila Nova, que foi punido 720 dias. E se a gente faz um paralelo com a punição do atleta Bruno Henrique. E não somente a deles, mas em outros atletas da Operação Penalidade Máxima, existe uma desproporção, uma incoerência entre punições”, analisou.

Apesar da crítica, os casos possuem distinções importantes. Os jogadores envolvidos na Penalidade Máxima foram acusados de atuar diretamente para influenciar o resultado de jogos, mediante pagamento por parte de apostadores, o que não ocorreu na conduta de Bruno Henrique.