O Santos vive uma crise política nos bastidores. Nesta quarta-feira (22 de outubro), conselheiros protocolaram dois abaixo-assinados pedindo a expulsão de Daniel Alves do quadro associativo. Ele integra o Comitê de Gestão presidido por Marcelo Teixeira.
Os documentos reúnem cerca de 70 assinaturas e foram levados ao presidente do Conselho Deliberativo, Fernando Akaoui. As acusações citam conflito de interesses, suposto favorecimento aos filhos do dirigente nas categorias de base e a interferência na contratação de um atleta jovem.
Entre os pontos relatados, conselheiros apontam que um dos filhos teria participado de treino com o time profissional sem estar na lista. Eles também mencionam divergências sobre o registro de vínculo no BID da CBF e um veto a uma contratação de jogador vindo do Vasco.
O relatório sobre os garotos traz a seguinte descrição: “sem a influência do pai, não teriam condições técnicas de permanecer no clube”.

A defesa de Daniel Alves nega as acusações. Ela apresentou relatórios técnicos e citou e-mails com aprovações nos testes. Apontou ainda que um dos jovens assinou contrato de formação em 27 de agosto e teve registro no BID em 4 de setembro. O dirigente enviou nota ao ge.
Sobre a avaliação dos filhos e a discussão envolvendo um goleiro que seria contratado, o dirigente acrescentou.
“Os protocolos de avaliação das divisões de base do Santos foram seguidos rigorosamente. Quanto ao goleiro do Vasco, tratou-se apenas de um ato administrativo. Um jogador foi oferecido, avaliado e não foi aprovado pelo Comitê de Gestão”.
Com os requerimentos apresentados, a mesa do Conselho Deliberativo encaminha os processos para a Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS). O órgão apura os fatos, ouve a defesa e emite um parecer ao Conselho.
Enquanto isso, Daniel segue com trânsito normal no clube. Ele frequenta jogos, treinos do profissional e da base, o vestiário da Vila Belmiro e o camarote presidencial.


