Nesta quarta-feira (29 de outubro), o embate entre Real Madrid e Uefa sobre a Superliga ganhou novo capítulo. O Tribunal Regional de Madri rejeitou recursos de Uefa, LaLiga e RFEF, e o clube informou que buscará indenização.
A corte manteve o entendimento de que Uefa e Fifa violaram regras de livre concorrência da União Europeia ao bloquear novas competições, com restrições consideradas injustificadas e desproporcionais. A Uefa ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal espanhol nos próximos 20 dias. O tribunal também registrou que a decisão não é definitiva e pode ser levada à Primeira Câmara do Supremo.
O caso começou em abril de 2021, com o anúncio de 12 clubes por uma liga paralela à Champions. O projeto ruiu após pressão de torcedores e governos. Em dezembro de 2023, o TJUE decidiu contra os regulamentos de autorização de Uefa e Fifa.
Em comunicado, o Real Madrid celebrou a decisão e acusou a Uefa de agir de maneira anticoncorrencial. O clube afirmou que, ao longo de 2025, discutiu com a entidade reformas sobre governança, sustentabilidade financeira, saúde dos jogadores e experiência dos torcedores, incluindo modelos gratuitos e globais.

“Essa decisão abre caminho para reivindicar uma indenização substancial pelos danos sofridos pelo clube.”
A Uefa disse que analisará a sentença e reafirmou a validade das regras de autorização de competições internacionais, adotadas em 2022 e atualizadas em 2024. A entidade sustentou que qualquer torneio deve cumprir critérios objetivos, transparentes e não discriminatórios.
“Esta decisão não valida o projeto abandonado da ‘Superliga’ anunciado em 2021, nem prejudica as atuais regras de autorização da Uefa, adotadas em 2022 e atualizadas em 2024, que permanecem totalmente em vigor.”
A LaLiga declarou que o veredito não aprova nem endossa a Superliga e ressaltou o compromisso com o mérito esportivo. O presidente Javier Tebas defendeu transparência na aplicação das regras.
“A decisão apenas reitera que as regras devem ser aplicadas com transparência e objetividade. Seguiremos colaborando para garantir estruturas de avaliação seguras e equilibradas que protejam o futebol”, disse Tebas.


