Em meio às discussões da comissão da CBF sobre o Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF), o Flamengo apresentou propostas para um modelo brasileiro de fair play financeiro. O clube enviou um documento por escrito à comissão e divulgou nota oficial com sua posição detalhada. O presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, também tratou do tema em entrevista à TV do clube nessa segunda-feira (10 de novembro).
Além disso, o documento defende a proibição de gramados artificiais nos torneios profissionais, o controle de todos os custos do elenco e sanções esportivas eficazes. As sugestões incluem regras para clubes em recuperação judicial, limites para transações com partes relacionadas, adoção de ratings de governança e um “Teste de Proprietários e Dirigentes”. Em entrevista à TV do clube, Bap elogiou a decisão da CBF.
“Entendo que seja providencial e digna de elogios essa decisão da CBF de finalmente tratar de um assunto tão importante para o futebol brasileiro. Nós, que somos amantes do futebol, temos percebido que o Brasil tem ficado para trás nos últimos anos dentro e fora de campo”.

Paralelamente a isso, o dirigente defendeu que o SSF se inspire no modelo europeu, mas com adaptações à realidade local. Ele citou diferenças como a existência das SAFs e a recuperação judicial, que exigem ajustes de desenho regulatório.
“Não faz sentido a gente ficar reinventando a roda. O modelo de lá (Europa) é perfeito? Não. Mas foi idealizado em cima de princípios corretos e foi sendo ajustado, ao longo do tempo, em função da experiência adquirida em cada uma das ligas”.


